O mapeamento digital de solos (MDS) é um conjunto de técnicas para facilitar a coleta, armazenamento, análise, interpretação e confecção de mapas de solos. No MDS, utilizam-se dados e informações de solos existentes, aliados a novas tecnologias (imagens de sensores remotos, sistemas de informação geográfica, instrumentos para a coleta in situ e georreferenciada), os quais permitem, por meio de modelagem matemática, a elaboração de mapas de diversos atributos e de classes de solo, com acurácia conhecida.

Os atuais levantamentos sistemáticos de solos não possuem detalhamento na escala da propriedade agrícola, que muitas vezes precisam de dados quantitativos e de natureza contínua representativos da variabilidade espacial do solo. Mesmo em escalas menores, há grande lacuna de mapas de solos no Brasil.

Para solucionar tais problemas, em 2010 a Embrapa e a UFRRJ criaram a Rede Brasileira de Pesquisa em Mapeamento Digital de Solos – RedeMDS, que organiza os pesquisadores em MDS no País, promove o avanço do conhecimento e elabora projetos com ampla abrangência para o mapeamento dos solos brasileiros.

O foco desse projeto componente da rede FertBrasil é consolidar uma rede nacional de experimentos de campo em sistemas de produção vigentes nas principais regiões produtoras de grãos, fibras e energia do Brasil, visando: i) consolidar uma rede nacional permanente de avaliação oficial de insumos fertilizantes, com garantia de imparcialidade e confiabilidade, que dará suporte buscado pelo MAPA para o registro de novos produtos gerados no âmbito da Rede FertBrasil/Embrapa ou por empresas parceiras; ii) gerar informações confiáveis e imparciais para orientar o setor produtivo na tomada de decisão, indicando as condições edafoclimáticas e sistemas de produção em que ocorre o melhor desempenho de novas tecnologias e de fontes alternativas de nutrientes , em comparação com os fertilizantes convencionais disponíveis no mercado brasileiro.

Como resultados desse projeto espera-se identificar fontes de nutrientes, novos fertilizantes e insumos biológicos de comprovada eficiência agronômica e viabilidade econômica, com impacto direto no mercado de fertilizantes e bioinoculantes tanto pela incorporação de fontes alternativas de nutrientes ao sistema produtivo como pelo aumento da eficiência no aproveitamento de nutrientes pelas plantas, por meio da aplicação de novas tecnologias aos fertilizantes convencionais.

Para fazer frente à necessidade de se obter novas cultivares de arroz de terras altas (sequeiro) com qualidade de grão similar às obtidas em materiais produzidos em condições irrigadas, a Embrapa e seus parceiros disponibilizavam, em 1998, a BRS Primavera. A cultivar representou para o arroz de terras altas um novo padrão para as variedades de terras altas no Brasil. Como consequência da excelência em qualidade de grãos dessa cultivar e de outras lançadas posteriormente, com padrão similar de qualidade de grãos, hoje o arroz produzido em terras altas, com grãos de classe agulhinha alcança o mesmo valor comercial do arroz irrigado.

A tecnologia “arroz de terras altas agulhinha” tem amplo potencial de expansão, notadamente com a consolidação de sua adaptação ao sistema de plantio direto. Essa adaptação se encontra na fase final de validação e abrirá uma grande oportunidade da inclusão do arroz nos sistemas agrícolas de produção em terras altas, onde predomina o uso de duas culturas anuais. A sucessão de duas culturas no mesmo ano agrícola é substancialmente facilitada pela prática de plantio direto, em função da economia de tempo que seria gasto com a preparação do solo.

Este projeto tem como objetivo promover o melhoramento genético do arroz para melhor adaptação as diferentes regiões produtoras e sistemas de cultivo do Brasil, por meio da exploração da variabilidade genética da espécie frente aos desafios restritivos para o aumento do potencial produtivo e qualidade de grãos, contribuindo para a sustentabilidade econômica, social e ambiental da orizicultura.

Para tanto, este projeto trata: do melhoramento das populações de arroz irrigado e de terras altas pelo método de seleção recorrente; do desenvolvimento de cultivares, junto a parceiros, para os sistemas irrigado subtropical, tropical e de terras altas; do desenvolvimento de híbridos de arroz de alto potencial agronômico e com qualidade de grãos; dos grãos especiais de arroz visando o atendimento de um mercado diferenciado promissor; da validação e utilização de ferramentas biotecnológicas no melhoramento de arroz visando o aumento da eficiência do programa; e da caracterização detalhada das linhagens elite em pré-lançamento comercial, visando o melhor posicionamento daquelas escolhidas junto ao produtor e a indústria.

Este projeto prioriza o fortalecimento das ações da Embrapa em melhoramento genético do arroz, juntamente com o propósito de envolvimento de todas as organizações públicas, que têm o arroz em seu portfólio de atuação, de forma a revigorar também a sua presença na oferta de soluções para esta cultura no Brasil. Também será fortalecida a colaboração internacional com Instituições dedicadas à pesquisa do arroz.

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